Com base em dados do dia 27 de março, quanto o relatório foi aprovado no âmbito do colegiado, o coordenador da comissão externa afirmou que, seguindo o ritmo de vacinação de 14 mil pessoas por dia, o Rio Grande do Sul levará um ano e meio para vacinar 70% da população e atingir a chamada imunidade coletiva. “Para avançar, dependemos do governo federal e do andamento dos contratos com Butantan, Fiocruz e outras farmacêuticas”, apontou.

O relatório contém 27 recomendações, que envolvem questões sanitárias, ações de suporte econômico para setores produtivos prejudicados pela pandemia e segmentos populacionais vulneráveis e propostas de articulação para a compra direta dos imunizantes, a exemplo do que fez o Consórcio dos Governadores do Nordeste. A comissão ouviu representantes do governo, infectologistas, epidemiologistas, representantes de indústrias farmacêuticas e dirigentes de associações de municípios do Rio Grande do Sul e de outros estados.

Ao receber o relatório, o deputado Gabriel Souza  (MDB) comemorou “a construção de um consenso” em relação à necessidade de vacinar a população para conter a pandemia. “Depois de muita insistência, chegamos ao consenso de é preciso vacinar”, pontuou.

Souza lembrou que a Assembleia gaúcha esteve desde o começo da pandemia empenhada em colaborar, sendo, inclusive, a primeira do País a autorizar o Executivo a comprar vacinas. Ressaltou também a ida de uma comitiva a São Paulo para tratar do assunto com governo paulista e com representantes da indústria farmacêutica.

Ele afirmou ainda que enviará o relatório ao governo federal e à Federação das Associações dos Municípios Gaúchos (Famurs). Amanhã (9), às 17h, integrantes da comissão externa entregarão o documento ao governador Eduardo Leite.

A cerimônia de hoje foi acompanhada, presencialmente, pela deputada Patrícia Alba (MDB) e, de forma remota, pelo deputado Fernando Marroni (PT).