A Comissão de Ética Parlamentar da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul realizou, na tarde de quinta-feira (6), reunião para apresentação do relatório relativo às denúncias contra o deputado Ruy Irigaray (PSL). No encontro os parlamentares, presididos por Fernando Marroni (PT), também elegeram os membros da subcomissão processante que emitirá parecer sobre as acusações.

Ruy Irigaray é investigado por utilizar assessores parlamentares em atividades não relacionadas ao mandato, por solicitar repasse dos vencimentos de assessores — prática conhecida por rachadinha — e por valer-se das redes sociais com objetivo de atacar desafetos políticos. A acusação foi tornada pública após veiculação de reportagens no programa Fantástico, da Rede Globo, no dia 14 de fevereiro deste ano.

O relatório sobre a conduta ética e parlamentar do deputado foi apresentado pelo corregedor, Tiago Simon (MDB), que recolheu depoimentos de duas assessoras denunciantes e a versão dos fatos relatados por Irigaray. O parlamentar nega as acusações.

Após a leitura do relatório, Simon afirmou que “uma vez demonstrado que o denunciado incorreu em conduta indecorosa, é impositivo — digo isso com muita tristeza — a perda do mandato”. O corregedor solicitou a continuidade do processo de apuração das condutas do deputado, citando a necessidade de aprofundamento das investigações.

Sendo assim, foram eleitos para a subcomissão processante que emitirá parecer sobre as denúncias contra o deputado Ruy Irigaray (PSL) na Assembleia: Beto Fatinel (MDB), Dalciso Oliveira (PSB) e Mateus Wesp (PSDB). O grupo terá 180 dias para ouvir as partes envolvidas, coletar provas e apresentar um novo relatório. O Ministério Público do RS e a Polícia Civil também apuram o caso.