Informações atuais mostram que, no terceiro trimestre de 2020, atingiu-se no RS o menor nível de ocupação laboral desde 2012. O número de gaúchos ocupados caiu para 51,5% do total de pessoas em idade de trabalhar. Somente no último ano perdemos 596 mil empregos, mais que a população de Caxias do Sul. Praticamente 60% do RS que produz reconhece perdas no ano que passou.
O parlamento gaúcho tem mantido seu compromisso institucional pelo crescimento econômico do Estado, liderando iniciativas importantes pela reabertura responsável das atividades, continuidade das ações políticas, unidade para superar diferenças e transparência nas relações.
A expectativa de todos é que 2021 seja, de fato, o início da retomada do crescimento, com a vacina controlando a pandemia e o tão esperado retorno da nossa vida cotidiana aos padrões normais.
Mas não podemos esquecer da indústria neste processo! Desde 2014, o Brasil vem sofrendo um grave e intenso processo de desindustrialização, perdendo o posto de 10ª maior indústria do mundo para ser a 16ª atualmente.
Apesar de representar hoje apenas 21% do PIB nacional, a indústria ainda gera 33% dos impostos, 31% da arrecadação previdenciária, 70% das exportações e 69% do investimento empresarial em pesquisa, inovação e desenvolvimento, aspecto fundamental para aumentar nossa competitividade e autonomia, inclusive na área da saúde.
Como representante direto, sei que a indústria é o setor da economia que mais gera empregos, bem como paga os melhores salários. Apenas a indústria de manufatura gera 6,8 milhões de empregos diretos no Brasil.
Não podemos mais aceitar um sistema tributário que penaliza o setor com a maior agregação de valor na nossa economia, retraindo a produção e o consumo. Também não vamos ter sucesso apenas com a exportação de commodities.
A indústria é vital para o desenvolvimento econômico, com geração de emprego, aumento da arrecadação e distribuição de renda.
Não existe nem existirá economia forte sem uma indústria sólida.
*Deputado estadual e empresário