Adão Roberto Rodrigues Villaverde, 52 anos, foi reeleito para seu terceiro mandato como deputado estadual, conquistando 47.758 votos. O petista ampliou suas votações anteriores - em 2006 havia alcançado 31.460 votos, em 2002, 41.047 votos.
Natural de Alegrete, na atual legislatura Villaverde atuou na defesa do governo Lula, na formulação do primeiro projeto de lei de incentivo à inovação tecnológica (LIT) e na criação de leis como a de controle do enriquecimento ilícito do gestor público. Engenheiro civil e professor, casado e pai de um filho, o parlamentar se destacou também na defesa da implantação do Centro Nacional de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) que desenvolve a primeira fábrica de semi condutores da América Latina na Lomba do Pinheiro, e na criação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs).
Formado nas lutas políticas estudantis do Colégio Estadual Julio de Castilhos de Porto Alegre (o Julinho), Villaverde veio a Porto Alegre para estudar engenharia civil. Pós-graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e professor licenciado da Faculdade de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica (PUC), foi protagonista da fundação do PT, em 1980.
Logo após contribuir para a fundação do PT, Villaverde assumiu a presidência do Diretório Metropolitano. Durante o governo Olívio Dutra (1999-2002) assumiu a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia e, mais tarde, a de Coordenação e Planejamento.
Tecnologia e educação
Em 2002, concorreu pela primeira vez a um cargo eletivo, elegendo-se deputado estadual. Na Assembleia, foi pioneiro em desempenhar o cargo de líder do governo federal no RS. "Os quatros anos do governo Olívio Dutra suscitaram o nosso amadurecimento”, analisa.
Entre as principais proposições de seu segundo mandato estão a proposta de legislação do artesanato gaúcho, a emenda 49 da Constituição do Rio Grande do Sul, que incorporou o direito à alimentação na Carta Magna estadual e, principalmente na batizada "Lei Villaverde", de número 12.980/2008, que instituiu no Rio Grande do Sul um poderoso instrumento de Estado garantindo uma fiscalização da evolução do patrimônio privado de agentes públicos, possibilitando a ampliação do combate à improbidade e à corrupção.
É presidente da Escola do Legislativo gaúcho no período 2009-2010. Nela, coordenou o lançamento da coletânea A Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do Sul (1964-1985): História e Memória.
Sobre sua reeleição, Villarde atribui ao fato de ter estado, sempre, ao lado do presidente Lula, “nos bons e especialmente nos maus momentos”. Seu mandato teve, ainda, um grande amplitude de relações, sobretudo sociais, setoriais, comunitárias e sindicais.
Quanto à próxima legislatura, ele adianta: “Vamos seguir cumprindo nosso papel de legislador produzindo legislações, propondo projetos, ações e iniciativas para desenvolver o Rio Grande, com uma administração transparente, que inclua socialmente, gere trabalho e renda. Também teremos, junto com nossa bancada de 14 parlamentares uma missão importante na sustentação do governo de Tarso Genro que terá que ter respaldo e apoio no Parlamento para consolidar seu governo”, conclui.
Votação
Dos 47.758 votos conquistados por Villaverde, 18.236 votos vieram da capital, principal reduto eleitoral do parlamentar. Viamão (3.338), Alegrete (3.036), Bento Gonçalves (2.052), São Leopoldo (1.925), Taquari (1.611), Alvorada (1.361) e Guaíba (1.336) vieram a seguir.