Engenheiro civil que ingressou na política em 1992, elegendo-se vice-prefeito em Ijuí, Gerson Burmann (PDT), 48 anos, retorna à Assembléia Legislativa para seu terceiro mandato ao obter 46.363 votos. Em 2006, ele havia alcançado 40.050 votos, 44% a mais do alcançado em 2002. A escalada constante de seu eleitorado deve-se, segundo ele, à coerência e integridade de seu mandato e vida pessoal.
Natural de Ijuí e graduado pela UFSM, Burmann foi vice-presidente do PDT e secretário municipal de Obras em sua cidade entre 1993 a 1996. Sobrinho do ex-deputado Orlando Burmann, um dos mais tradicionais nomes do trabalhismo daquela região, iniciou sua trajetória política no Executivo capitaneado, então, pelo atual prefeito do município, Valdir Heck. Em 2000, elegeu-se vice-prefeito da cidade.
Na primeira legislatura, Burmann ficou na primeira suplência da bancada do PDT. O deslocamento de deputado Kalil Sehbe como titular da Secretaria de Ciência e Tecnologia, no governo Germano Rigotto, abriu vaga para ele, que não retornou à suplência por assumir, em definitivo, a vaga do então deputado João Luiz Vargas, indicado para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Na Assembleia, o pedetista integrou a Mesa Diretora nas duas legislaturas - ocupou a 2ª vice-presidência, em 2006 – e foi líder partidário nos dois mandatos (cargo que ocupa na atual legislatura).
“Tenho defendido que o trabalho de um candidato é a sua melhor propaganda e sua integridade a marca mais forte”, enfatiza o parlamentar quando indagado sobre sua atuação na atual e futura legislatura. Ele anuncia que irá priorizar, novamente, as pautas do setor primário, geração de emprego e renda e fortalecimento do desenvolvimento regional. Ele se mostra identificado com o agronegócio e disposto a reafirmar o compromisso com os pequenos agricultores e idosos, com políticas públicas voltadas para o crescimento de sua região. “Acredito que incentivos setoriais podem gerar renda e retirar muita gente da informalidade”, costuma afirmar.
Educação
Outra pauta que está presente no dia a dia do parlamentar é a educação. Reconhece nas teses de Leonel Brizola as possibilidades de construção de um novo horizonte para o País. A escola de tempo integral, na sua opinião, é a única fórmula capaz de proporcionar educação com qualidade de vida às crianças. Por isso, anuncia a manutenção da luta para que o sistema seja implantado em definitivo no Estado.
Dos diversos projetos que apresentou, alguns já se tornaram leis. É o caso da lei que obriga os bancos a disponibilizarem assentos para todos os clientes (Lei 13.478) e a que obriga as estações rodoviárias a disponibilizarem espaço para fixação de cartazes de crianças desaparecidas (Lei 13.494).
Para a próxima legislatura, Burmann explica que manterá os mesmos princípios que marcaram seus dois mandatos. “Uma causa a que vou me dedicar com afinco é com a diminuição de mortes no trânsito”, afirma, lembrando o projeto de instalação de controladores de velocidade nos automóveis fabricados no RS e nos adquiridos zero km.
Votação
Ijuí, sua terra natal, lhe deu 17.832 votos na busca de um terceiro mandato, seguido de Catuípe (2.138). As votações restantes se espalharam por Porto Alegre, Arvorezinha, Augusto Pestana e Pinheirinho do Vale (todas na média de 700 votos), São Luiz Gonzaga, Alvorada, Santo Angusto (média de 600 votos), Panambi, Soledade, Ajuricaba e Coronel Barros (500 votos em média). Fez votos em 379 municípios.