Com 45.631 votos obtidos no último pleito, Alexandre Postal (PMDB) chega ao quinto mandato como um dos parlamentares com mais tempo de Casa e com o seu melhor resultado desde a primeira eleição. Ele atribui o feito à seriedade e à constância do trabalho realizado. “Creio que a confiança do eleitor se baseia muito no trabalho dedicado, nosso e do gabinete, na assistência e na visita permanente à base, ao fato de estarmos sempre a par das discussões maiores do nosso Estado”, avalia o parlamentar.
Na próxima Legislatura, Postal lembra que será oposição. “Já estive na oposição no governo Olívio Dutra e agora, no último governo, da governadora Yeda, nós estávamos na base do governo mas não éramos governo”, explica. “Agora, acho que temos que nos centrar naquilo que a sociedade nos reservou, que é no campo da oposição, mas uma oposição consciente, altiva, que possa construir junto com o futuro governador aquilo que será bom para o Estado”, garante o parlamentar.
Rodovias
Na Assembleia Legislativa, o peemedebista tem se destacado na luta por recursos para a construção de acessos asfálticos aos municípios gaúchos. Como proponente e presidente da Comissão Especial das Rodovias Estaduais, cobrou do governo a aplicação dos R$ 700 milhões previstos para as rodovias, de acordo com a lei aprovada na Assembleia, em dezembro de 2009, que liberou para esse fim 70% dos recursos do Fundo Previdenciário dos servidores estaduais, provenientes, por sua vez, da alienação de parte do controle acionário do Banrisul.
Embora o relatório do grupo técnico tenha sido rejeitado (por voto contrário da deputada tucana Zilá Breitenbach), Postal garante que a discussão não está encerrada: “É um debate que eu acho que teremos que refazer, uma vez que o governo atual não nos forneceu os dados que nós solicitamos”, diz.
Trajetória
Alexandre Postal nasceu em Guaporé em 26 de abril de 1962. É casado com Rosepaula e tem uma filha, Manuela, de dez anos. Milita desde a época de estudante no PMDB, do qual foi tesoureiro, secretário-geral e vice-presidente em Guaporé. Mais tarde, integrou a Executiva Estadual da Juventude Peemedebista no Estado e o Diretório Regional do Partido.
Foi prefeito do município com apenas 26 anos, de 1989 a 1992. Em 1994, com 22.176 votos, assumiu seu primeiro mandato como deputado estadual. Entre as propostas apresentadas neste período, está a lei que instituiu o Código Estadual de Qualidade dos Serviços Públicos. Reeleito em 1998, com 29.726 votos, dedicou-se aos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), aprovando lei de sua autoria que previa a rotulagem de produtos oriundos de transgênicos.
Com 38.198 votos, foi conduzido ao terceiro mandato, com a responsabilidade de defender as ações do Executivo na Assembleia como líder do governo Rigotto, a partir de 2003. A função foi interrompida em 2004, quando passou a ocupar a Secretaria dos Transportes. Retomou o seu mandato em abril de 2006 e assumiu a presidência da Comissão de Ética. Nesse ano, recebeu o apoio de 44.816 eleitores para permanecer por mais quatro anos na Assembleia.
Votação
Em 2010, recebeu 45.631 votos, dos quais 4.778 vieram de Guaporé, sua terra natal. Teve votação expressiva também em Porto Alegre (2.340), Bento Gonçalves (2.170), Serafina Corrêa (1.337), Encantado (1.330), Passo Fundo (1.243), Marau (1.183), Veranópolis (1.107), Casca (1.059) e Garibaldi (929).