Reconduzida ao segundo mandato parlamentar com 43.860 votos, a deputada Marisa Formolo (PT) pretende manter a linha de ação que pautou seu trabalho nos últimos quatro anos, aprovado pelas urnas. Segundo ela, a reeleição não é apenas fruto de uma boa atuação. “É preciso somar a isso a história de vida, o compromisso tido durante essa história e a esperança que nós continuemos trabalhando. Estes foram alguns dos fatores determinantes da nossa vitória, assim como a força da nossa militância e do povo, que acredita que nós estamos honrando o voto dado no primeiro mandato”, disse.
Atuação
Assuntos como a educação, a saúde, o desenvolvimento regional e a inclusão social, somados ao compromisso com os movimentos populares e as organizações sociais, devem pautar sua atuação na 53ª Legislatura. Marisa acredita que muito desses temas de mandato farão parte também de programas de governo, com o PT à frente do Executivo estadual. “Na oposição, trabalhei muitos temas, especialmente aqueles em que o povo não tinha direitos garantidos, como foi a caso da derrubada da prorrogação dos pedágios, dos recursos para as reformas das escolas, da constituição do Instituto Federal em Farroupilha, da defesa da UERGS”, apontou.
Na Assembleia Legislativa, a parlamentar foi presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia em 2007 e 2008 e vice-presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos em 2009 e 2010. Coordenou a Subcomissão em defesa da UERGS e foi presidente da Comissão Especial do Ensino Profissionalizante. Marisa teve também forte atuação na implantação da CPI dos Pedágios, do qual foi titular em 2007.
Bancada feminina
Apesar de comemorar o aumento significativo da presença feminina na Casa - a 53ª Legislatura terá oito mulheres, o dobro das que foram eleitas em 2006 - Marisa Formolo ainda considera o número insuficiente e acredita que a bancada feminina deve lutar para conquistar mais poder. Nesse sentido, a parlamentar quer ver aprovado o Projeto de Resolução nº 12/2010, de sua autoria, que altera o Regimento Interno da Assembleia. “Queremos o direito de estar na direção da Casa e das Comissões permanente. Pois não basta aos partidos quererem a nossa presença para cumprir uma cota eleitoral se, quando chegamos às instituições de poder, esta garantia de direitos de gênero deixa de existir”, explica.
Votação
Dos 43.860 votos que recebeu, 76,7% deles (33.648) vieram de Caxias do Sul, cidade natal de Marisa Formolo. A parlamentar teve importante votação em toda a região da Serra Gaúcha, em municípios como Farroupilha (1.589), Antônio Prado (699), Flores da Cunha (672), Gramado (484), Nova Petrópolis (483), Vacaria (356) e Bento Gonçalves (352).
Perfil
Natural da comunidade de Nossa Senhora da Rocca, localizada no interior de Caxias do Sul, Marisa Formolo tem 64 anos. Do casamento com Vilson Dalla Vecchia nasceram Giovana, Caroline e Thiago. Tem uma neta, Manuela.
Marisa atuou no movimento estudantil, nas organizações de estudantes católicos, foi presidente de diretórios e associações e coordenadora do Movimento Nacional dos Direitos Humanos. Em 1997, foi eleita vice-prefeita de Caxias do Sul. Formada em Filosofia e em Pedagogia, foi pró-reitora de Pesquisa e Extensão da UCS. Integrou a comissão que criou o Sistema Estadual de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.