A partir de 1º de fevereiro de 2015, quando se inicia a 54ª Legislatura, o Parlamento gaúcho terá o maior número de bancadas de sua história. Também haverá a redução no número de mulheres e da média etária dos parlamentares, além do aumento do percentual de eleitos com ensino superior completo.
A nova legislatura terá o maior número de bancadas já registrado no Legislativo gaúcho: 15. São elas: PT (11 cadeiras), PMDB (8 cadeiras), PDT (8 cadeiras), PP (7 cadeiras), PTB (5 cadeiras), PSDB (4 cadeiras), PSB (3 cadeiras), PCdoB (2 cadeiras) e PRB, PSOL, PSD, PPS, PR, PPL e PV (cada um com uma cadeiras). A atual legislatura começou com onze bancadas, mas termina com 12 porque o deputado Cassiá Carpes deixou, em 2013, o PTB e filiou-se ao Solidariedade (SDD), criando uma nova bancada na Casa.
O percentual de renovação das cadeiras da Assembleia ficou exatamente igual ao das eleições de 2010: 40% (33 parlamentares reeleitos e 22 novos). Dos que chegam ao Palácio Farroupilha no próximo ano, 14 já foram eleitos como prefeitos, vereadores ou deputados. Entre estes, estão os atuais deputados federais Manuela D Ávila (PCdoB) e Enio Bacci (PDT) e o ex-deputado estadual Sergio Peres (PRB), que retorna à Casa.
Os outros oito novos parlamentares irão estrear em um cargo eletivo. São eles: Gabriel Souza e Tiago Simon (PMDB), Regina Becker Fortunati (PDT), Sérgio Turra (PP), Elton Weber e Liziane Bayer da Costa (PSB), Jardel Centroavante (PSD) e Missionário Volnei (PR).
O quociente eleitoral, que define o número de votos necessários para o partido ou coligação conquistar uma cadeira no Parlamento, ficou em 111.078 votos no Rio Grande do Sul. Esse número é obtido dividindo-se o número de votos válidos no estado (que ficou em 6.109.319) pelo número de vagas na Assembleia (55). Veja mais informações sobre o sistema proporcional de votação na matéria
Preenchimento de cadeiras no Parlamento gaúcho obedece regras do sistema proporcional.
Mulheres
Em relação ao total de mulheres escolhidas para compor a Assembleia Legislativa, houve a redução de uma cadeira comparando-se o número à composição atual da Legislatura, que tem oito deputadas (a deputada Elisabete Felice ficou como suplente em 2010 e passou a integrar o Parlamento em 2013). Dessas, três foram reeleitas: Silvana Covatti (PP), Stela Farias e Miriam Marroni (PT). As outras quatro eleitas assumem pela primeira vez o mandato na Casa: Regina Becker Fortunati (PDT), Liziane Bayer da Costa (PSB), Manuela D Ávila (PCdoB) e Any Ortiz (PPS).
Como nas eleições passadas, foi uma mulher - Manuela D Ávila - quem alcançou o maior número de votos na eleição. A deputada federal foi eleita para o Parlamento gaúcho com 222.436 votos (3,64% do total válido). Em segundo lugar ficou o deputado Lucas Redecker (PSDB), com 96.561 (1,58%), e, em terceiro, o deputado Marlon Santos (PDT), com 91.100 (1,49%). A deputada Silvana Covatti, que foi a campeã de votos em 2010, ficou na quarta posição, com 89.130 votos (1.46%).
Idade
A 54ª Legislatura terá uma média etária inferior à da atual legislatura. Ela será de 47,54 anos, enquanto a da 53ª Legislatura foi de 49,19 anos. Os deputados mais novos serão Gabriel Souza e Any Ortiz, que têm 30 anos, ambos estreantes nesse cargo eletivo.
O número de parlamentares com menos de 36 anos aumentou. Enquanto há quatro anos eram cinco, agora serão seis. Além de Gabriel e Any, há os reeleitos Lucas Redecker, 33, e Marcelo Moraes, 35; e os novos parlamentares Liziane Bayer da Costa e Manuela D Ávila, ambas com 33 anos.
Escolaridade
Dos 55 deputados eleitos, 39 informaram ao TSE que possuem ensino superior completo, o que representa 70% da nova legislatura (na atual legislatura são 34 com superior completo - 62%). Os demais declararam que possuem ensino superior incompleto (4), ensino médio completo (8), ensino médio incompleto (1), ensino fundamental completo (2) e lê e escreve (1).
Religião e esporte
Uma das peculiaridades da 54ª Legislatura será a presença de três parlamentares que são pastores ou missionários: Liziane Bayer da Costa, pastora da Igreja Internacional da Graça de Deus; Sergio Peres, pastor da Igreja Universal; e Missionário Volnei, missionário da Igreja Mundial do Poder de Deus.
Outra novidade é a eleição de Jardel Centroavante, ex-jogador do Grêmio. O cearense, natural da cidade de Ferroviaário, fará sua estreia na vida política no Legislativo gaúcho.
Heranças
Assim como nas eleições de 2010, há seis deputados eleitos que trazem consigo uma herança política familiar. Três foram reeleitos para seu segundo mandato na AL: Edegar Pretto (PT), filho do ex-deputado Adão Pretto; Lucas Redecker (PSDB), filho do ex-deputado federal Júlio Redecker; e Marcelo Moraes, filho do deputado federal Sérgio Moraes.
Os outros três assumem em 2015 seu primeiro mandato na Casa: Tiago Simon (PMDB), filho do senador Pedro Simon; Eduardo Loureiro (PDT), filho do ex-deputado Adroaldo Loureiro; e Sérgio Turra, filho do ex-ministro da Agricultura Francisco Turra.