Em abril de 2013, foi um dos autores da ação que conseguiu, na Justiça, fazer com que o valor da tarifa do transporte coletivo na capital gaúcha, que tinha sido reajustado para R$ 3,05, voltasse ao valor anterior, R$ 2,85, doze dias após o aumento em vigor. “Se não fosse a ação, a tarifa hoje seria de R$ 3,40 e não R$ 2,95”, avalia. A iniciativa inspirou outras cidades a lutarem pela redução da tarifa do transporte público, uma das principais bandeiras das manifestações populares de junho do ano passado.

Ruas, que preside o PSOL no RS, afirma que será oposição ao governo na Assembleia. “E somos uma oposição que fiscaliza, que é firme, que é forte, que é dura muitas vezes, mas que também está disposta a apoiar bons projetos”, explica. Ele acrescenta que sua atuação no Parlamento gaúcho não se limitará às ações do Executivo. “A nossa capacidade de enfrentamento vai além. Vamos fiscalizar os grandes grupos econômicos, os grandes bancos, as empresas gigantescas que têm monopólio na área de transporte coletivo”, cita.

Entre suas plataformas de atuação estão temas como transporte coletivo intermunicipal, direitos humanos e combate à homofobia. O parlamentar também pretende dar atenção à questão de memória, verdade e justiça em relação ao período da ditadura militar.

Foi um dos fundadores do PDT, sigla onde militou por 26 anos. Em 2005, filiou-se ao PSOL. Ele foi secretário de Obras e Saneamento no governo Olívio Dutra e secretário da Indústria e Comércio de Cachoeirinha na gestão de José Stédile. Em 1998, disputou vaga no Senado ainda pelo PDT e, em 2010, concorreu pelo PSOL ao governo do Estado.        

É divorciado, tem dois filhos e uma neta.